A exposição individual ENTRE MUNDOS de Joana R. Sá, vai ser inaugurada no dia 9 de Junho, das 18h00 às 20h30. Esta mostra ficará patente até dia 1 de Julho e a entrada é gratuita.

ENTRE MUNDOS reflete sobre a relação entre o mundo tangível e o mundo virtual. “Simulacra and Simulation” de Jean Baudrillard, serve de mote para corrupção do código de imagem do desenho constituído por um alfabeto visual intimista criado com base num gesto livre, que contrasta com a tradução de artefactos digitais oriundos da corrupção da imagem digital.

Nesta exposição, técnicas manuais são confrontadas com a manipulação digital, numa exploração de dois mundos aparentemente distintos. A artista convida-nos a questionar a relação entre a técnica e a criação artística, demonstrando como o processo criativo é influenciado pelo suporte e o material utilizado.

Através da exploração destes dois mundos, Joana R. Sá propõe uma análise sobre a importância da essência humana na arte contemporânea, e sobre a forma como a tecnologia pode alterar a nossa perceção do mundo. “Entre Mundos” é uma exposição que nos convida a refletir sobre a nossa relação com a tecnologia, a arte e a cultura contemporânea.

BIOGRAFIA
Joana R. Sá é uma artista multidisciplinar portuguesa, nascida em Mirandela (1993), no entanto passou grande parte da sua vida em Faro, local onde vive e completou os seus estudos na Licenciatura em Artes Visuais e, na Pós- Graduação em Artes Visuais e Performativas na Universidade do Algarve. Mais recentemente, formou-se no Mestrado em Artes Plásticas – Especialização em Desenho na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com o projecto «Lapso: o desvio na imagem».

A obra de Joana R. Sá desenvolve-se através do desenho enquanto campo expandido, conceptualmente apresenta-se como um rizoma em torno da exploração metodológica do desvio, do gesto, da memória, do código e da linguagem, através de dicotomias sobre o orgânico e o artificial/ mecânico/digital. Mediante a prática de um alfabeto visual – registos de códigosindecifráveis do seu âmago – a artista desconstrói-os digitalmente através de um processo de databending, provocando a sua corrupção, para que desse modo, possa executar a tradução de artefactos digitais, juntamente com reminiscências do seu alfabeto. O seu processo artístico desenvolve-se através de encontros e desencontros, construções e desconstruções, territorializações e desterritorializações, materializações e desmaterializações, ruídos e harmonias, memórias e desmemórias.

Participou em várias exposições desde 2013, a destacar a sua exposição individual “Nuvens de Ruído”(2022, Associação 289), e a sua participação em inúmeras exposições colectivas entre as quais “Synchronicity” (2022, Plataforma Revólver), “Noroeste-Sudeste: Novas Perspectivas no Desenho” (2019, Fundação Júlio Resende: No Lugar do Desenho), “289 – Um Projecto de Pedro Cabrita Reis” (2018, Associação 289) e “Octagonal” (2017, Galeria Trem). Actualmente é artista residente na Associação 289, colectivo de artistas que promove eventos de arte contemporânea na região do Algarve.

Joana R. Sá foi selecionada no Open Call, realizado pela Apaixonarte, em 2021.

Exhibition poster for Joana R. Sá's exhibition at Apaixonarte